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O que dizer do maior evento mundial sobre o clima – COP30?

“A solução está em nós”

Participação Social; Conscientização e Educação; Soluções e Inovação.


Ao finalizar a COP30 – Belém/PA (de 10 a 21 de novembro de 2025), primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade de participar deste importante evento mundial sobre as mudanças climáticas no nosso planeta.

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Posso garantir que foi uma oportunidade desafiadora, por ter conhecido centenas de pautas urgentes que precisam de uma ação imediata, para que o ser humano sobreviva na Terra. Mas, por outro lado, afirmo que a presença, em número significativo, de organismos não governamentais: movimentos sociais e povos nativos – em especial indígenas e quilombolas, que fizeram importantes alertas sobre a degradação da terra, da água, das florestas reforçaram que nossa missão, como Irmãs de Jesus Bom Pastor – Pastorinha, está no caminho certo. Ou juntamos as forças e nos posicionamos a favor da vida, em sua integridade, ou sucumbiremos em pouco espaço de tempo. Pois a Mãe Terra está exausta com nosso estilo de vida depredatório.

 

Cientistas, ativistas, entre outros grupos organizados, caminhavam em passos largos e na corrida pelos transportes para Cúpula dos Povos, para a Zona Verde, para o Tapiri Inter-religioso e, por fim, para a Marcha Global pelo Clima. Milhares tentando expor sua indignação com mortes humanas precoces, com a destruição da natureza, com o desrespeito aos direitos humanos e constitucionais, pela invasão em seus territórios.

Enquanto tudo isso acontecia, na Zona Azul, presidentes, embaixadores e representantes da alta hierarquia dos governos mundiais e alguns organismos credenciados se digladiavam para encontrar um consenso para a sustentabilidade do ecossistema. Mas, infelizmente, não houve um acordo satisfatório em relação às principais questões propostas para a COP30.

 

Em meio a esse desvario, pude entregar mais de 1.400 folders para representantes de organismos não governamentais e eclesiais do Brasil e do mundo. Observando que, na Zona Azul, o público em geral não teve acesso. O objetivo dessa panfletagem foi dar visibilidade à luta (avanços e retrocessos) das pautas carregadas na missão das Irmãs Pastorinhas no Vale do Ribeira São Paulo e Paraná, em particular, com os povos tradicionais – quilombolas.

 

A aceitação, o interesse e perplexidade por essa missão das Irmãs Pastorinhas foram nítidos em quase todas as pessoas que receberam esse material impresso. Algumas procuravam mais informações sobre essa missão específica. Outras parabenizavam. Outras, mesmo sem conhecer o idioma, tentavam ler e procuravam se não havia tradução; demonstrando um desconforto em não poder corresponder ao panfleto. O sorriso e o agradecimento da maioria, pelo folder, para mim, foi uma grata surpresa.

 

Nem o calor, quase insuportável, não menos desanimou. A força recebida de todas as manifestações populares, era o alívio diante “da quase impotência” dos participantes diante do descortinar das ações capitalista e consumista, as quais foram amplamente refletidas e discutidas. A esperança de dias mais promissores para a humanidade, foi iluminada pela união, resistência e persistência dos povos originários, que não arredaram os pés das tendas que abordavam as afrontas contra seus territórios.

 

Jamais poderia guardar para mim alguns dos principais momentos que vivenciei. Por isso, será publicado, em blocos, algumas das coletâneas de imagens (fotos e vídeos) e nossa percepção diante da atual realidade climática no Brasil e no mundo.

 

Espero que seja possível entrelaçar essa minha experiência in loco e a nossa prática diária como defensoras da vida e da ecologia integral. Gratidão.

Miriam de Souza

Colaboradora na Comunidade de Adrianópolis


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